Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou, nesta quarta-feira (3), a convocação do desembargador federal Manoel de Oliveira Erhardt, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TFR5), para ocupar provisoriamente a vaga do ministro aposentado Napoleão Nunes Maia Filho, que deixou o tribunal em dezembro de 2020. O magistrado convocado integrará a Primeira Turma e a Primeira Seção, especializadas em direito público, até que o futuro ministro seja empossado.
"Estamos fazendo uma gestão que ouve os colegas, pois sempre queremos o melhor para o tribunal. O homem é estimulado pelo diálogo e pelo entendimento, sobretudo, ouvindo bastante para, então, decidir", ressaltou.
O procedimento participativo para a indicação do magistrado convocado foi elogiado como uma "mudança de paradigma" pelo ministro Herman Benjamin, durante a sessão. "Registro esse gesto de Vossa Excelência, que não é regimental, mas que passa a ser, pela boa prática, uma conduta que se espera dos próximos presidentes", declarou.
Natural de Gravatá (PE), Manoel de Oliveira Erhardt é graduado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O desembargador federal já presidiu o TRF5, onde atua desde 2007. Antes de ingressar na corte regional, foi juiz federal, juiz auditor da Justiça Militar e juiz de direito em Pernambuco. Ele é professor de direito da UFPE e autor de obras jurídicas.
O presidente do STJ afirmou que a carreira de Manoel de Oliveira Erhardt é amplamente aclamada no meio jurídico. "O professor Manoel Erhardt é conhecido de todos pela sua capacidade jurídica, pelo seu currículo, pela sua vida ética e, sobretudo, pela sua produtividade", destacou o ministro Humberto Martins.
Quem também enalteceu as qualidades do desembargador federal convocado foi o ministro Francisco Falcão – que, na época de sua atuação como advogado, conheceu Manoel de Oliveira Erhardt. "Meu saudoso pai dizia que o desembargador Manoel Erhardt é aquele juiz completo: discreto, preparado e, sobretudo, humilde, como são os grandes magistrados", lembrou.
Em nome do Ministério Público, a subprocuradora-geral da República Lindora de Araújo disse que a convocação de Manoel Erhardt "abrilhantará" ainda mais o STJ.