STJ encerra o ano forense com mais de 420 mil processos julgados e bate meta do CNJ
CORRIGIDA Pelo segundo ano consecutivo em meio à pandemia da Covid-19, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) bateu a Meta 1 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): julgar mais processos do que os distribuídos. Entre 2 de janeiro e 15 de dezembro deste ano, foram distribuídos 401.531 processos, e julgados 420.153 – uma taxa de 104,63% de cumprimento da meta. Incluída a apreciação de agravos regimentais, agravos internos e embargos de declaração, o número de julgamentos no ano chegou a 552.174. O balanço foi divulgado durante a sessão da Corte Especial desta sexta-feira (17), que marcou o encerramento do ano forense. Em seu discurso, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, destacou a eficiência, a dedicação e o espírito colaborativo do tribunal para manter o seu elevado nível de produtividade apesar da continuidade da pandemia. "Vencemos todas essas dificuldades de mãos dadas, com uma gestão sempre participativa. Agradeço à participação de cada ministra e cada ministro, bem como agradeço a todos os servidores, colaboradores e estagiários da corte, e também à advocacia e ao Ministério Público", declarou. ![]() Além disso, o presidente prestou uma homenagem ao ministro Felix Fischer, que completou 25 anos de jurisdição no Tribunal da Cidadania: "É uma marca histórica não só para o STJ, mas para toda a Justiça brasileira". Tribunal recebeu e finalizou mais processos do que em 2020Em 2021, o STJ concluiu um número 11,77% maior de demandas em comparação com o ano passado. Foram baixados 390.996 processos, contra 349.837 em 2020. O aumento de produtividade ocorreu, ainda, no tocante ao volume processual distribuído e registrado, com alta de 17,88% em relação ao ano passado – o que representa uma média de 12.168 processos por ministro. Atualmente, 268.723 feitos tramitam no tribunal. Do total de 552.174 julgamentos realizados, 444.336 foram decisões monocráticas. No âmbito da Presidência do STJ, houve 210.987 decisões ao longo de 2021. Judiciário unido contra a pandemiaNa última sessão do ano, o vice-presidente do STJ, ministro Jorge Mussi, também chamou atenção para o êxito da corte ao enfrentar os desafios impostos à prestação jurisdicional pela crise sanitária. "Não tem uma família que não esteja com o seu coração entristecido em meio a essa pandemia que se alastrou pelo mundo", resumiu. A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, enfatizou que os obstáculos trazidos pela pandemia, ao longo do ano, mobilizaram todo o Poder Judiciário brasileiro. "Foi um ano muito duro, de muitas perdas e vítimas para a pandemia, e de muito trabalho. Não foi diferente no Conselho Nacional de Justiça e na Corregedoria Nacional de Justiça", afirmou. Em nome do Ministério Público, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo exaltou a produtividade do STJ em 2021: "O trabalho é notório. A produção é muito grande, mas a satisfação é muito maior. A gente sabe que todos os anseios da sociedade brasileira são atendidos". Leia também: Retrospectiva mostra principais decisões do tribunal em ano ainda marcado pela pandemia |